Uma iniciativa
liderada pelo Instituto Regional de Desenvolvimento Econômico e Social – IRDES,
através do Fundo de Desenvolvimento Social e do Grupo Informal Empreendedores
da Solidariedade que conta com cerca de 30 componentes, está tornando possível
o avanço no potencial produtivo de algumas entidades. Através de Recursos do
Fundo foram contratados consultores do SENAI – Florianópolis para aprimoramento
das práticas de produção e avanços na capacidade produtiva, usando ferramentas
como estudos de layout, mapeamento de fluxo de valor e programa 5Ss, entre outros...
No
SOS Vida, segundo os dirigentes, houve um aumento de aproximadamente 60% na capacidade
de produção da panificadora, sem contar as melhorias em boas práticas que se
refletem na durabilidade, segurança e sabor dos produtos. No SOS Vida foram trabalhadas 68 horas de atividades
em aprimoramento no processo produtivo; 88 horas na determinação de vida útil
de produtos, elaboração de tabelas nutricionais e rotulagens de 10 produtos
panificados.
Na
tarde de terça-feira (20/10) com a presença da vice-presidente da Missão SOS
Vida, Lori Busatto; do diretor administrativo, Flavio Cesar Brinkmam; do gerente
da Unidade, Jairo Bortot; do coordenador de Produção, Neimar Sosnoski; da
responsável pelo Financeiro, Ediluesa Maria Wierziski Brinkmam; da consultora
do Senai/SC, Ivana Pra e dos dirigentes do IRDES houve a apresentação das modificações
realizadas com a iniciativa.
Ivana
Pra destacou o empenho dos profissionais do SOS Vida em transformar o ambiente
produtivo, com destaque para as ações inventivas e efetivamente transformadoras
desenvolvidas por Neimar Sosnoski. “Sentimos que houve empenho e determinação
deles em fazer acontecer o que foi demandado”, comentou Ivana ressaltando que o
SOS Vida está alcançando nova fase produtiva em sua área de Panificação.
Neimar
Sosnoski disse que o ambiente passou a ficar mais organizado e os processos
mais próximos das matérias primas, o que diminui a movimentação. “Sem dúvida foi altamente positivo e já estamos
gerando uma significativa evolução em produção que se refletirá no faturamento
da Entidade.”
O
diretor administrativo Flávio Brinkmam agradece o IRDES que ajudou na planificação
estratégica da entidade e, via Fundo, investiu significativo recurso em
melhorias produtivas para a Entidade, visando sua sustentabilidade. “Somos gratos
ao Cláudio Petrycoski e aos dirigentes do IRDES pela iniciativa que é, de fato,
transformadora. Passamos a ter nova visão e atitudes.”
Lori
Busato que acompanhou as consultorias diz que fica visível a transformação. “Estamos
felizes e vendo que é possível evoluir continuamente e somos gratos”, ressaltou
evidenciando que estão sendo trabalhados a partir das consultorias pão caseiro,
cuca recheada, chocotone, bolacha de maracujá, bolacha de manteiga, confeitado,
bolacha de goiabada, bolacha de fubá, bolacha de côco simples e bolacha de açúcar
mascavo.
Quanto
a vida útil de produtos de panificação o Panetone que, anteriormente, tinha 30
dias hoje tem, sem qualquer problema, 60 dias de validade, o que torna a
logística e todas as rotinas de comercialização mais facilitada. Um exemplo de
informações que fazem diferença em gestão.
O
presidente do IRDES, Marcelo Dalle Teze agradece especialmente ao empresário
Cláudio Petrycoski por estar sempre acreditando nas entidades e tornar possível
transformações sustentáveis. “Temos a agradecer a direção e profissionais do
SOS Vida por se engajarem e fazerem o mais importante: colocar em prática o
conhecimento disponibilizado. Temos o Grupo Empreendedores da Solidariedade com
uma nova visão sobre terceiro setor, também bem consolidado na visão da secretária
de Assistência Social, Luana Varaschin Perin e do próprio prefeito Robson Cantu
que já se prontificaram a colaborar em algumas ações empreendedoras, algo que,
antecipadamente, agradecemos. É uma transformação de médio e longo prazo, inovadora
e desafiadora por não ter referências, mas acreditamos ser um bom caminho.”
ABRACE
O
ABRACE recebeu cerca de 130 horas de consultoria na melhoria de processos
produtivos e Boas Práticas de Fabricação.
E houve estudo no tempo de vida
útil de produtos com determinação da tabela nutricional e bases de rotulagem.
Segundo
Ana Paula Pastorello a consultora avaliou processos produtivos. “A consultora
filmou o que fazíamos e avaliou o que poderia ser suprimido e aprimorado e foi
muito interessante e nos gerou evoluções na gestão.”
Os
produtos do ABRACE estão nos laboratórios avançados de testes do SENAI e
deverão ter resultados e validades finalizadas em 2022. “Será altamente
positivo e nos dará parâmetros para entrarmos em novas fases de comercialização”,
complementa Ana Paula.
Para
o presidente do Conselho Consultivo do IRDES, Cláudio Petrycoski ressalta que as
melhores iniciativas de apoio são as que são percebidas transformações que
geram benefícios continuados. “Aprimorar o conhecimento das entidades é uma
contribuição mais efetiva e nos motiva a acreditar neste tipo de proposta”, finaliza
parabenizando as entidades envolvidas.
GAMA
Através
de recursos do Fundo o IRDES apoiou o Gama no desenvolvimento do Gama Chocolates
que está em fase embrionária e debate com dirigentes da Entidade a formação da
Loja do Bem que, gerida pelo Gama, oferecerá, em sala comercial no centro da
cidade, venda de produtos do Gama, do ABRACE e do SOS Vida. “Queremos auxiliar a
implantação e no primeiro ano de atividades para fomentar uma nova visão sobre
os papeis de sustentabilidade para as entidades”, comenta Cláudio Petrycoski,
ressaltando que não será fácil, mas gradativamente e, com a integração de
esforços, é possível. Vale ressaltar a
determinação da presidente do Gama, Cleuza Chiochetta e demais dirigentes em
buscar alternativas desafiadoras de sustentabilidade. “Nem sempre tudo sai
gerando resultados, mas não falta ao Gama determinação e foco em buscar
transformações”, comenta Marcelo.
Empreendedores
da Solidariedade
Através
do Grupo Empreendedores da Solidariedade foram realizados encontros de planificação
estratégica do ABRACE, via Gerson Miotto; aprimoramento das embalagens de 2020
dos panetones do SOS Vida, via Elisa Dalle Teze; reuniões com a Fundabem para
estudo de nova fase, via Valmir Dallacosta, Luana Varachin Perin e Anderson Michelin;
planificação estratégica do Provopar e do SOS Vida, via Marcelo Dalle Teze,
entre outras iniciativas como estudos sobre e-commerce para o Remanso da
Pedreira e redefinição de nome e proposta de comunicação, via Marcelo Dalle
Teze e Elisa Dalle Teze, para a Fundação Hospital do Câncer de Pato Branco.
Os Empreendedores
da Solidariedade realizaram uma sequência de treinamentos virtuais para
aprimoramento na gestão de entidades, algo que tende a ser repetido
presencialmente num futuro não distante.
Até
fevereiro deverá ser estruturado um plano de estruturação comercial para a
panificação do SOS Vida e apoio nas iniciativas que foram incentivadas para que
sejam viabilizadas. “Nada é fácil e nada é rápido e no terceiro setor as
iniciativas são um pouco mais lentas que na iniciativa privada, mas há uma
tentativa em mudar cenários”, comentam os dirigentes do IRDES.
Os dirigentes do IRDES enfatizam que a imprensa tem um apoio indispensável oferecido gratuitamente ao terceiro setor. O que seriam das ações sem e imprensa? Não seriam. E os Empreendedores entendem que a própria imprensa precisa ter um entendimento e compreensão das novas expectativas em relação as entidades que estarão elencadas numa cartilha especialmente elaborada.
Cartilha
Os
Empreendedores da Solidariedade estão estruturando uma cartilha orientativa
para doadores. A ideia é que entidades e doadores públicos e particulares
avaliem melhor as entidades alvo de doações. Tudo visando haver um entendimento
de melhoria contínua em gestão, transparência e abertura social. O entendimento
dos Empreendedores da Solidariedade é de que se a entidade pede para a comunidade
deve tratar sua gestão como algo aberto, transparente e ciclicamente renovado.
O conservadorismo, o senso particular de propriedade, a não transparência não
combinam com a moderna gestão do terceiro setor que não coloque política
partidária e interesses privativos acima dos bem coletivo.
O Grupo Empreendedores e o IRDES acreditam que até a Câmara Municipal deverá estudar formas de filtragem ao que se doa para entidades. A ideia é legitimar doações para entidades que, de fato, tenham um papel engrandecedor para a sociedade e continuamente evoluído para que alcancem formas de se sustentar dependendo menos de doações da sociedade civil organizada que anda sobrecarregada. É um processo lento, gradual, de médio e longo prazo...