Pato Branco
deve criar condições de habitabilidade para muitos trabalhadores que têm a
qualidade de vida comprometida por má qualidade das moradias, elevado valor de
locação e até mesmo por deslocamentos longos dentro da cidade ou de Coronel
Vivida, Mariópolis, São Lourenço do Oeste (SC), Vitorino, Itapejara do Oeste,
São João e até Francisco Beltrão para chegar ao local de trabalho. Estima-se um
déficit habitacional próximo a 4 mil moradias, o que levou o presidente do
Sindimetal Sudoeste, Olcimar Tramontini e outras lideranças a estudarem, numa ação integrada com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico que está diretamente envolvida, uma
articulação com outras entidades como ACEPB, IRDES, Sindicato dos Bares Hotéis
e Similares, Sindicomércio, Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato dos
Empregados em Bares e Similares, Sindisaude, Sintracom, entre outros...
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pato Branco vem se empenhando para tornar possível este empreendimento que gera ganhos em qualidade de vida dos trabalhadores e, também, por consequência, evolução do desenvolvimento deles na atividade laboral. No entendimento do secretário Marcos Colla a ação integrada entre iniciativa privada e Poder Público é algo moderno e que gera resultados mais rápidos e transformadores.
A ideia,
detalha o presidente do Sindimetal Sudoeste, Olcimar Tramontini é valorizar
trabalhadores que atuam na cidade e ganham entre R$1800,00 e R$7000,00 com o
acesso a uma moradia de qualidade, na dimensão inicial de 56 metros quadrados,
havendo condições de ampliação. “Serão, inicialmente, dois quartos, cozinha,
banheiro e área de serviços”, complementa Olcimar evidenciando que a ideia é
conseguir 1000 moradias, o que tende a beneficiar, diretamente, mais de três
mil pessoas.
Para Olcimar o
trabalhador estando feliz, bem, produz mais e sente-se mais seguro e melhor.
“Entendemos que os empresários querem que a qualidade de vida seja
compartilhada e ai a ideia de criar um loteamento particular, por ser menos
burocrático e mais rápido para implantação, tornando mais ágil a materialização
da iniciativa.
Dentro da
proposta a construtora comprará um lote e construirá as casas buscando
parcerias e convênios com os Governos do Estado e Federal que podem vir a
subsidiar parte dos custos. “Quanto menor o custo da obra melhor será para o
trabalhador”, explica o presidente do Sindimetal Sudoeste ressaltando que os
subsídios dentro dos Programas Casa Fácil Paraná e Casa Verde Amarela podem vir
a tornar mais próximo o sonho da casa própria para estas famílias de trabalhadores.
“A ideia é que consigamos fazer com que o trabalhador tenha parcelas de, no
máximo, R$900,00 com quitação do imóvel em cinco anos, via Caixa, algo bem mais
rápido que aqueles de 30 anos. Em pouco tempo estará livre do financiamento e
com dinheirinho sobrando para materializar outros sonhos.”
Existem
projetos similares em Londrina que envolveram 1000 casas; em São Paulo
totalizando 30 mil casas e, em Pato Branco, o Sintropab teve iniciativa de
estruturação de um loteamento para trabalhadores. As lideranças empresariais
estão definindo objetivos, identificando construtoras que podem ser de fora ou
da região para todo o trabalho.
Presente no encontro realizado terça-feira,
dia 28, o prefeito Robson Cantu se prontificou a colaborar e facilitar, no que
compete ao município, na dinamização do empreendimento que busca as 1000
moradias. Também presentes, representando a prefeitura, o secretário de
Desenvolvimento Econômico, Marcos Colla e Gerson Miotto. Entre os presentes:
Roberto Elias da Silva, ACEPB; Marcio
Veiga (Atlas Eletrodomésticos); Ari Martins da Silva Pinto (Sindicato dos
Metalúrgicos), Cláudio Petrycoski (IRDES), do vereador Marcos Marini e Orlando Santiago (Hi-Mix).
Para o
presidente do IRDES, Cláudio Petrycoski a iniciativa só tem propósitos
positivos. “Vamos atacar um déficit real e presente no cotidiano de nossa gente
e buscar formas de fazer com que tenham alcançado o sonho da casa própria de
maneira mais ágil, econômica, segura, viável e sem prazos exorbitantes para
pagamento. Existem etapas a serem superadas, mas o IRDES apoia a iniciativa.”
Olcimar
finaliza que começam as análises de terrenos e áreas e conclama entidades,
organizações religiosas e pessoas que acreditam em auxiliar nesta iniciativa
que não deixa de ser uma causa, a, se tiverem, comunicarem a existência de
imóveis disponíveis e que permitam a estruturação do loteamento.