Queijarias do Sudoeste do Paraná recebem visitas técnicas

O Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná vem transformando a vida de famílias na região. Afinal nos 42 municípios existem produtores que têm como principal fonte de renda e outros estão complementando os ganhos familiares a partir da transformação do leite. Em muitos municípios, além da comercialização do Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná os produtores estão se valendo da alta atratividade do produto para buscar o turismo Rural que gera experiências de praticamente toda a cadeia produtiva que envolve a pastagem, a coleta do leite, sua transformação e comercialização.  É o caso do presidente da Aprosud, Claudemir Roos que tem sua propriedade integrando os roteiros turísticos de Chopinzinho e, quinzenalmente recebe visitantes de diversos pontos da região e do estado que apreciam um bom queijo e a vida no interior. “ Com a propriedade localizada nas margens da BR373, Roos alcançou o privilégio de receber dos mais diversos pontos do país e do exterior que tiram momentos para apreciar uma boa comida caseira, acompanhar o cotidiano da propriedade e levar o tradicional Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná.  

   A colonização italiana na região deixou suas marcas. E o Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná acompanhou processos migratórios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina para o Paraná, especialmente nas décadas de 40 e 50. Não ao acaso o produto está estampado no brasão oficial do município de Salgado Filho, que une a produção do queijo e da uva como principais atividades.

   A produtora de queijo colonial Maristela Gaio, de São Jorge D’Oeste conta que recebe visitantes através do turismo rural. “A ideia é que vivam a experiência que tivemos com nossos nonos”, conta ela, se recordando da fase dos pioneiros, quando o queijo tinha posição de protagonismo em muitos momentos de alimentação da família. “Servimos almoços, cafés da manhã, da tarde e nunca falta o bom e tradicional Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná.”

   Roseli Dutra de Almeida Moraes, de Santo Antônio do Sudoeste, também queijeira que integra a Aprosud – Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná e conta que o produto sempre é muito bem visto pelos turistas que, além da vivência da atividade no interior, querem levar um bom queijo para casa.

   Alexandre Galo, em Dois Vizinhos; Giovana Gregolon, em Chopinzinho, Eliane Mergener da Silva, em Dois Vizinhos, também produzem o Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná e complementam renda familiar com a atividade, incluindo a recepção de turistas e visitas técnicas de estudantes de diversas áreas e níveis de ensino.

A produtora de queijo colonial do Sudoeste do Paraná Franciele Rechembach Haselbauer, de Manfrinópolis  estruturou um ponto de venda na Rodovia PR 182, no quilômetro  540, obteve o Selo Arte, que possibilita a comercialização nacional de produtos. Ela conta que além de vender bem o produto na rodovia, vem notando crescente demanda em empórios e casas de carne de São Paulo, Curitiba e Florianópolis. “Os queijistas e demais compradores nos dizem que os compradores pedem o Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná o que demonstra o interesse e o reconhecimento, também é um produto utilizado por profissionais da área gastronômica.”

Roseli Teresinha Piekas Capra, produtora de queijo colonial em Francisco Beltrão conta que ocorrem também visitas técnicas para entendimento da produção. Algo que também é demandado para apresentações em faculdades com a Unimpar – Universidade Paranaense, Unicep, UTFPR, entre outras. “Temos um dos poucos queijos do Brasil neutro em carbono, o que desperta interesse de visitantes”, conta Roseli que é dirigente da APROSUD e recebe cotidianamente famílias interessadas em conhecer a produção do Queijo Colonial do Sudoeste.

Em parceria com a Secretaria de Estado do Turismo, Franciele participou com seus queijos coloniais do Sudoeste do Paraná do Congresso Nacional de Ecoturismo e Turismo de Aventura, em Foz do Iguaçu,  abrindo novos nichos de consumo e, em setembro, esteve presente no Festival Tutano de Gastronomia, em Curitiba, realizado no Museu Oscar Niemeyer, criando novas frentes de demanda. . “Somos convidados para participar de eventos, pois os organizadores querem os queijos coloniais do Sudoeste do Paraná em seus eventos”.

A APROSUD está integrando esforços e participará entre 28 de novembro e 1º de dezembro, da Feira de Sabores do Paraná, prevista para acontecer no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, numa parceria com o IDR-Paraná, Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, FAEP- SENAR  e SEBRAE-PR.

Em maio de 2024 a APROSUD recebeu da Assembleia Legislativa do Paraná uma menção honrosa. “A Aprosud merece essa homenagem para reconhecermos os méritos conquistados com vários prêmios ao queijo colonial do Sudoeste do Paraná e a importância que isso agrega para toda a cadeia produtiva, além de destacarmos sobretudo, o trabalho incansável dos produtores de queijo, que buscam cada vez mais profissionalização e qualidade em cada peça de queijo colonial produzida”, disse o deputado estadual Wilmar Reichembach na oportunidade em que foi anunciada a aprovação da lei 21.966 que declara o queijo colonial do Sudoeste do Paraná como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Paraná.

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Postado por IRDES
Instituto Regional de Desenvolvimento Econômico – IRDES