Aeroporto Juvenal Cardoso pode ser Regional

Lideranças se mobilizam para novo estágio estrutural do aeroporto em Pato Branco 

Em função do Coronavírus, em 2020, algumas ações tardarão um pouco mais. Mas os objetivos continuam pensando no futuro da região. 

O Aeroporto Municipal Juvenal Cardoso reúne condições técnicas para mudar sua classificação e passar a receber pousos e decolagens de aviões, como Boeing 737-700, que comporta até 186 lugares bastando, para isso, novos investimentos que já tiveram início. As palavras são do prefeito Augustinho Zucchi que, na noite 02/03/2020, no Sesi, em encontro do Instituto Regional de Desenvolvimento Econômico e Social – IRDES – que reuniu lideranças de diversas áreas evidenciou que respeita outras iniciativas em prol da construção de um aeroporto mas, que nos próximos 10 ou 15 anos, pelo menos, a opção econômica e viável de voos comerciais é em Pato Branco. “Temos hoje uma realidade que surpreendeu a diretoria da Azul com a venda de mais de 18 mil passagens no ano passado. Não podíamos esperar 10 ou 15 anos, sendo otimista, para que o Sudoeste tivesse voos comerciais à disposição como, também, não podemos aceitar a difusão de que nosso aeroporto não tem condições de ser regional, pois está comprovada a demanda gerada, não só por Pato Branco como de toda a região, inclusive com ampliações adicionais.” 

Zucchi afirmou ainda que, com a ampliação em 150 metros em cada cabeceira, a pista que passará a ter 1921 metros, sendo 1621 úteis, altera a categoria de 2C para 3C, podendo receber aeronaves de outra dimensão similares às que pousam em Chapecó e nos melhores aeroportos regionais do país. “Existe uma relação da altitude com o comprimento de pista. Nosso aeroporto ficará com pista maior que o Regional de Joinville, onde há uma das maiores concentrações populacionais de Santa Catarina. Lá o aeroporto tem 1540 metros e o nosso pode ter pista de até 2.400 metros, algo que poucos falam, mas é perfeitamente possível. 

Ainda sobre os trâmites previstos para a ampliação o prefeito esclareceu às lideranças que já estão prontos o levantamento cadastral do entorno do Aeroporto, definindo desapropriações; os projetos de cerca patrimonial e o projeto do novo terminal com 7 mil metros quadrados, além da certificação e homologação.  “Nosso terminal terá dois pavimentos, escada rolante, elevador, sala de embarque e desembarque para mais de 300 pessoas; duas máquinas de Raio X; Check in para quatro empresas e sala vip.” 

Com presença de representantes da Amsop – Associação dos Municípios do Sudoeste Paranaense, Zucchi fez questão de deixar claro que o maior interesse é de que os esforços se somem para que a região Sudoeste ganhe sempre. “Não somos contra a nenhuma iniciativa, mas a favor da continuidade de ampliação do nosso aeroporto. Sei que o sítio aeroportuário de Pato Branco é viável e há de ser estudada a necessidade técnica de duas estruturas similares. O prefeito de Francisco Beltrão faz uma grande gestão, assim como o prefeito de Renascença é um grande administrador, mas há de se avaliar a real necessidade de mais um aeroporto entre as duas maiores cidades. Beltrão ganhou a Unioeste e tantos outros investimentos que não nos opusemos e estão aí, gerando benefícios para a região.” 

O prefeito destacou o trabalho do deputado federal Fernando Giacobo que se prontificou a auxiliar e conta com a atenção do governado Ratinho Júnior e do chefe da Casa Civil Guto Silva, além do deputado estadual Luiz Fernando Guerra. “Estamos próximos de chegar lá e chegaremos com o esforço que for necessário”, finalizou o prefeito dizendo que com a ampliação e duas cabeceiras a realidade de conectividade regional aeroportuária mudará muito e de forma permanente. 

Cláudio Petrycoski disse que em 2002 participou da reunião que apoiou a implantação de um aeroporto em Renascença. Mas era um outro contexto, pois Pato Branco, naquela época, não apresentava condições técnicas. A realidade mudou e o prefeito Augustinho Zucchi criou as condições técnicas para a operação do Aeroporto, o que mudou o contexto, porém a postura de algumas lideranças permaneceu estática, o que é de se lamentar.  Na última Carta do Sudoeste, que teve a participação da Amsop houve uma reviravolta no assunto Aeroporto Regional, com a apresentação da demanda, sem cidade sede, numa demonstração de que o assunto Renascença não era mais unânime. Tanto que basta ler a Carta do Sudoeste de 2018 e perceber que no item Conexão Aeroviária – “apoio para a implantação do Aeroporto Regional do Sudoeste do Paraná”, sem citar local, algo aceito e escrito em consenso pelas entidades que elaboraram a carta naquela época. “Não somos contra qualquer município. Muito pelo contrário: não acreditamos na necessidade de duas estruturas de finalidade similar, quando uma é suficiente já que nossa região tem diversas carências e tantas outras demandas estratégicas. O sudoestino deve ficar atento para estes movimentos persistentes e questionar seus motivos... Será que não existem prioridades maiores no Sudoeste do que ter dois aeroportos regionais? Se desejarem fazer e, tecnicamente seja justificável, que façam, mas é prudente ser reanalisado o contexto. Repito: não temos outras prioridades?” 

Cláudio disse que com R$50 milhões o Aeroporto Juvenal Cardoso estará noutro estágio enquanto um novo aeroporto demandaria muitas vezes mais aos contribuintes. “É dinheiro seu e de cada cidadão contribuindo para algo de finalidade reflexiva... Será que é viável mesmo diante da conjuntura desenhada?”, questionou Petrycoski apontando que o Aeroporto de Londrina terá, como investimento mínimo para obras de modernização e ampliação (não criação completa como em Renascença), o valor de R$398 milhões. “Estamos falando só de modernização e ampliação, relembro... É preciso bom senso e percepção clara do que está ocorrendo. Francisco Beltrão teve a Unioeste, o presídio Regional, o Hospital Regional entre tantas organizações, como a própria Amsop, e ninguém se opôs. É momento de trabalharmos para o que está acontecendo e é uma realidade. Finalizarmos as obras do Aeroporto em Pato Branco e mudarmos suas características para vir a se tornar regional. ” 

Galeria

projeto projeto projeto projeto projeto projeto projeto projeto projeto projeto projeto
Compartilhe esse projeto: